O verão, mesmo com todos seus percalços e as altas temperaturas, é a estação mais esperada pela maioria das pessoas. E claro, sol, praia e mar também acompanham a temporada. Para quem adora dar um mergulho, é preciso prestar atenção também aos bichinhos que moram na água a fim de evitar acidentes. Hoje, vamos conhecer quais são os animais que podem dar dor de cabeça na hora de aproveitar o verão e os cuidados para com eles.
Os cnidários, por exemplo, apresentam tentáculos cujos cnidócitos (cauda) contêm peçonhas neurotóxicas e cardiotóxicas, ou seja, prejudiciais aos sistema nervoso e ao coração , além de poder causar quadros alérgicos. Manifestações clinicas: Dor intensa local, por vezes irradiada e dermatite linear urticariforme que reproduz o formato dos tentáculos. Há possibilidades de surgirem fenômenos respiratórios asmatiformes, ou seja, semelhantes à asma e arritmias cardíacas.
O ouriço-do-mar, por sua vez, pode apresentar espículas (pequenos espinhos) no local
traumatizado. A não retirada imediata destas espículas causa granulomas de corpo
estranho que se manifestam por nódulos duros de superfície hiperqueratósica, ou seja, endurecida,
cuja única solução é a cirurgia.
Entre os peixes peçonhentos,
os bagres marinhos e fluviais são os que provocam acidentes, com ferrões
peçonhentos e serrilhados localizados nas nadadeiras dorsal e peitorais. Possível complicações destas lesões é que com
perfurações e lacerações, podem-se desenvolver infecções fúngicas e bacterianas.
A dor provocada por água-viva
(cnidários) pode ser controlada com compressas de água marinha gelada ou Cold
Park recobertos aplicados na pele alternados com compressas de vinagre.
Cuidados e atenção devem ser dados para não aplicar água-doce porque aumenta o
envenenamento. Se forem observados arritmias cardíacas ou fenômenos respiratórios, recomenda-se atendimento de urgência pois pode haver choque
cardiogênico, ou seja, um mal funcionamento do coração. O uso de Verapamil IV é indicado quando ocorre
arritmia.
Em caso de acidentes com ouriço-do-mar, o correto é que as espículas sejam retiradas em ambiente hospitalar. Infelizmente, não existe no
Brasil qualquer soro antiveneno para nenhum tipo de peixe. Dessa forma, só é possível tratar
dos sintomas do acidente. A medida mais efetiva é a imersão do ponto de
comprometimento em água quente, mais tolerável, por 30 min a 90
min.
Identificação e tratamento de acidentes
por animais aquáticos no Brasil
Possível causadores: bagres marinhos e fluviais,ouriços- do- mar,peixe- escorpião ( mangangá),peixe- sapo(niquim).
Condutas:
- Imersão em água quente ( testar com a mão) por 30 min a 90 min ( cerca de 50º C )
- Infiltração anestésica local
- Retirada de espículas ou fragmentos de ferrão ou epíteto glandular
- Exame radiológico: persistência de sintomas em fases tardias.
- Realização da profilaxia do tétano;
Erupção cutânea
Manifestações clínicas: Placas urticariformes, edema, eritema, vesículas , necrose, Eczema
Possíveis causadores: Águas- vivas; caravelas, corais , anêmonas , espojas, vermes marinhos, pepinos-do-mar.
Condutas:
- Lavagem do local ou realização de compressas com água do mar gelado.
- Aplicação de vinagre( lavar o local e fazer compressas de vinagre).
- Analgesia ( dipirona 1 ampola IM).
Ferimentos Lacerados: Bordas cianóticas ou pálidas/ Fragmentos de ferrão / laceração simples
Possíveis causadores: Arraias marinhas e fluviais, Bagres marinhos e fluviais; cações, barracudas, pintados, piranhas, trairás outros peixes .
Condutas:
- Lavagem intensiva e exploração cirúrgica.
- Antibioticoterapia;
- Prevenção do tétano
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