O PODER DA BELEZA -por Monica Linhares

Dicas de saúde, beleza, comentários, lançamento de cosméticos...
Enfim, dicas imperdiveis que para lhe proporcionam mais saúde e beleza na sua vida.
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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pele rebelde ? Tô fora





Poucas fases são tão emblemáticas na vida de uma pessoa quanto à adolescência. E justamente nesta etapa a pele costuma a dar sinais de rebeldia. No consultório, sempre destaco a importância de a família estar envolvida na missão de orientar o adolescente com relação aos cuidados e a à proteção da pele. Hoje em dia só tem acne que quer, porque existe tratamento e controle da doença. Quanto mais cedo tiver início o tratamento, maiores são as chances de não restarem cicatrizes. Como algumas lesões podem ter duração prolongada - e até serem desfigurantes - a acne deve ser tratada desde o começo, para evitar seqüelas, fisicas ou emocionais, já que jovens com a pele marcada tendem a apresentar uma alteração na auto-estima.

Costumo a propor um tratamento em cinco passos:


1) Diagnóstico - A pele do adolescente precisa ser examinada com precisão para se chegar ao diagnóstico das possíveis causas de cravos, espinhas, manchas, pigmentação inflamatória ou qualquer outra lesão que o jovem paciente relate. É fundamental ainda observar fatores agravantes como alterações emocionais, hábitos incorretos (jamais esprema espinhas), além de analisar tratamentos já realizados e sem sucesso;


2) Tratamento - Medicação de uso local ajuda a desobstruir os folículos e a controlar a proliferação bacteriana e a oleosidade. Quando não houver resposta a produtos tópicos ou em casos intensos, torna-se necessário o tratamento sistêmico (remédios via oral), em geral, antibióticos. É importante saber que algumas pessoas apresentam melhoras com certos medicamentos e outras não. Por isso, pode ser que seu dermatologista troque sua medicação caso o tratamento inicial não esteja surtindo efeito para o controle do seu quadro;


3) Casos graves - Em casos de acne muito intensa (como acne conglobata ou fulminans) ou resistente aos tratamentos convencionais, a saída é a isotretinoína via oral, remédio que, em 90% dos casos, resolve o problema;


4) Acompanhamento psicológico - A acne freqüentemente piora quando o estresse emocional é intenso. A ansiedade e a angústia podem agravar o quadro e contribuir para resistência ao tratamento. A desfiguração causada pela acne mexe com a auto-estima e a auto-confiança do adolescente, que pode preferir o isolamento social por vergonha de suas lesões e das brincadeiras dos colegas. Se necessário, o dermatologista pode (e deve) sugerir o acompanhamento de um psicólogo. Além, disso, o médico deve estar atento aos sentimentos dos pacientes, conversando com eles sobre interações sociais, comportamento sexual, desempenho na escola ou trabalho, dietas, uso de drogas;

5) Auto-medicação - Não use remédios indicados por pessoas leigas ou que, aparentemente, tem um problema igual ao seu. Os produtos podem não ser apropriados para o seu tipo de pele: em vez de melhorar, acabam piorando a situação. A duração do tratamento é longa (raras vezes dura menos de seis meses). Portanto, paciência. Esclareça suas dúvidas com o dermatologista que o acompanha, ele sempre poderá ajudá-lo.


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